Massacre de Felisburgo

Vídeo sobre o massacre de Felisburgo, na região do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, quando 5 acampados do Movimento dos Sem-Terra foram assassinados pelo proprietário da Fazenda Nova Alegria acompanhado de jagunços, restando também 20 feridos, inclusive uma criança atingida no olho. Também 60 barracas foram queimadas, incluindo a barraca que servia como escola para os acampados.



Mais de 5 anos depois do massacre, as 42 famílias que resistiram acampadas na fazenda de 2 mil hectares, mesmo sob ameaças, conseguiram a posse da área. O Governo desapropriou o antigo proprietário e autor do massacre Adriano Chafik alegando que na área ocorria crime ambiental.

Foi a primeira desapropriação no Brasil pautada por esse critério. Segundo a Lei, terras podem ser desapropriadas para reforma agrária seguindo três parâmetros: improdutividade (terras devolutas), exploração de trabalhadores e crime ambiental. Mas até então todas as desapropriações brasileiras tinham como motivo a improdutividade. O caso de Felisburgo foi o primeiro em que o critério de destruição do meio ambiente foi prerrogativa para a desapropriação.

Pesou também contra o proprietário Adriano Chafik o fato de que boa parte da posse dos 2 mil hectares de terra em seu nome terem sido conseguidos por meio da prática da grilagem. Ele anexou cerca de 500 hectares de terras devolutas que pertenciam ao Estado de Minas Gerais.

Quanto ao massacre, os autores, proprietário e jagunços, continuam em liberdade.

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